Basta de violência contra LGBTs no Brasil e no mundo!

Foram 49 mortos e algumas dezenas de feridos. Estes foram os números do ataque à boate Pulse, em Orlando (Estados Unidos), realizado na madrugada de 12 de junho. Na realidade, a violência sofrida por lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros é diária.

O ataque à boate deixa claro como os discursos de ódio de setores da sociedade, combinado com o descaso e desproteção do Estado em relação a políticas públicas para LGBTs, se materializam na vida real. E esta é uma realidade muito brutal e sangrenta!

Aqui no Brasil a violência se demonstra cotidianamente. Segundo o último relatório anual divulgado pelo GGB (Grupo Gay da Bahia, entidade não governamental) em 2015, mais de 318 LGBTs foram mortos no país.

O requinte de crueldade dessas mortes demonstra todo o ódio aplicado nestes crimes. Soma-se aos assassinatos os casos de suicídios de LGBTs que viveram enfrentando o preconceito e discriminação familiar e social.

Não é natural essa violência. Não nascemos odiando uns aos outros. Não é normal matar por discordar das escolhas das outras pessoas.

Os trabalhares devem romper com esse ciclo de violência e discriminação contra LGBTs. No seio da nossa classe, há muitas expressões e diferenças. Somos homens, mulheres, negros, brancos, cristãos, espíritas, heterossexuais, LGBTs e uma porção de características que nos evidenciam como seres humanos e não como máquinas e robôs.

Essas características, que deveriam ser celebradas e respeitadas são utilizadas para nos fragmentar, oprimir e, assim, mais explorar. Já reparou no seu local de trabalho, onde está concentrada a maioria de negros, mulheres e LGBTs? Com certeza, estão nos trabalhos mais precarizados da empresa.

Essa lógica de dividir a classe trabalhadora em níveis de mais e menos explorados é uma tática dos poderosos para dificultar ainda mais as nossas lutas de conjunto. Por isso, quanto mais nos distanciamos dos nossos iguais mais estamos ajudando nessa lógica de opressão e exploração.

A luta contra a LGBTfobia, assim como a luta contra o machismo, racismo e qualquer forma de preconceito e discriminação é de todos os trabalhadores!

28 de junho: Dia do orgulho LGBT 

Há 47 anos, lésbicas, gays, bissexuais, trans e a comunidade de moradores e trabalhadores do bairro Greenwich Village de Manhattan (Nova York, Estados Unidos) se uniram contra as ofensivas violentas de policiais da região aos frequentadores do clube Stonewall Inn, que era um local frequentado por LGBTs.

Em uma dessas batidas violentas de policiais ao bar, onde LGBTs eram agredidos, violentados e presos, um grupo resolveu reagir. Essa resistência culminou na rebelião de Stonewall, onde LGBTs com o apoio da população, se organizaram para dar um basta naquela rotina de violência.

Lembramos com orgulho daqueles lutadores e dos que continuam lutando pelo fim da LGBTfobia.

Participe do segundo Ato 49 de Orlando, não esqueceremos!

Dia 28 de junho, às 19 horas, no vão do Masp