Metrô tem trens parados e prejudica a população

Além dos trens “canibalizados”, ou seja que são depenados para aproveitamento de peças, há muitos trens novos e reformados que nunca foram colocados em operação porque o sistema não é compatível com a via. Exemplos: 26 trens da empresa CAF, da frota P, que estão há anos se deteriorando porque vieram somente com o CBTC, mas a Linha 5 ainda não tem esse sistema instalado (dois destes estão na CAF, pois o Pátio Guido Caloi não está pronto e não tem onde estacionar). Existe a informação (não confirmada pelo Metrô) de que a empresa paga aluguel para usar o pátio da CAF.

Vários trens da Frota L, reformados pela Alstom, estão parados no Pátio do Belém porque vieram com o CBTC mas as Linhas 1 e 3 não têm CBTC (começarão a migrar esses trens para a Linha 2, que começou a rodar todos os dias com o CBTC, apesar dos diversos problemas).

Composição L40 está parado porque a tecnologia CBTC não é compatível com a Linha 3

O I12, que colidiu dentro do Pátio Jabaquara em 2012 por falha devido à reforma, continua parado no Pátio do Belém. Outros trens novos e reformados estão parados no Pátio Jabaquara por vários motivos. Vários trens das Frotas J e K só não estão parados porque o Metrô adaptou neles o ATC (equipamento do sistema de controle antigo) que também só vieram com o CBTC (com exceção dos primeiros, pois faziam parte do cronogrma de implantação do CBTC e são verdadeiros Frankesteins). Alguns desses trens têm mato crescendo e estragam com o tempo.

Trem I12 está parado desde 2012

O Metrô alega que faz parte da manutenção. Absurdo, pois são gastos milhões com esses trens, inclusive poderiam ter comprado novas composições. Desmontam praticamente tudo, prejudicando a garantia dos mesmos, e ainda alegam que faz parte de uma reserva técnica e, que se existisse de fato, não precisariam retirar peças de trens sem uso para fazer circular outros, colocariam em uso enquanto fossem feitas as manutenções devidas.

De fato o que acontece é que constantemente outros trens têm falhas e, por exemplo, na Linha 3, onde deveriam circular 42 trens no horário de pico, com frequência circulam apenas 37, para que passem por manutenção.

Queremos que o Metrô diga a verdade sobre a compra e reforma de trens. Diariamente a população enfrenta o transporte lotado, um verdadeiro sufoco, e a empresa desperdiça milhões de reais em gastos com reformas malsucedidas, tecnologia incapaz de ser utilizada e supostos desvios de corrupção.