Metroviários do DF decretam greve por tempo indeterminado

Melhores condições de trabalho. Esse foi o principal motivo que levou os Metroviários do Distrito Federal a decretar uma geve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (20). A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na noite desta terça-feira (19) na Praça do Relógio, em Taguatinga, após os empresários do setor voltarem atrás nas negociações e retirarem alguns itens da pauta . A categoria vai paralisar as atividades a partir da 0h. O serviço será feito com apenas 30% do quadro efetivo.

Os metroviários, que pedem a abertura das negociações, reclamam da falta de posicionamento da empresa que concordou em assinar um documento com as principais reivindicações da categoria, mas na última hora voltou atrás. Os metroviários, que por 2 vezes adiaram a greve para que o governo e o Metro DF se posicionassem, destacam que as reivindicações principais são: a nomeação imediata dos aprovados no último concurso, realizado em 2009 que expira no próximo dia 25, a abertura de novos concursos e a redução dos pilotos de 40 para 30 horas semanais.

Segundo informações do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô DF) para a implantação da redução da jornada para 30 horas a empresa propôs uma redução dos salários dos pilotos. Segundo o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF), Anderson Ferreira, a nova oferta é de redução no tempo de trabalho por 90 dias – um período experimental –, mas com diminuição dos salários.

De acordo com o coordenador-geral do Sindmetro DF, Israel dos Anjos, todas as reivindicações da categoria levam em contam a pretação de serviços à população e a saúde e segunça dos funcionários do sistema, que atualmente conta com cerca de 400 funcionários, quando o  ideal seria no mínimo 700.

Israel afirma que mesmo com a nomeação dos aprovados a quantidade de pessoal ainda estará aquém da demanda."Por isso estamos reivindicando a abertura de novos concursos. Hoje temos 150 mil usuários e a expectativa do Metrô-DF é de que no próximo ano dobre, com 300 mil usuários. Se não tivermos mais efetivo, haverá uma dificuldade em atender a demanda. Por isso a necessidade de um novo concurso público urgente, para que o fantasma das terceirizações não venha novamente tirar o sono dos concursados e que consigamos prestar um serviço de qualidade à população e com segurança para os funcionários", declarou.

Outra questão reivindicada pelos metroviários é o retorno de concursados às bilheterias. A função já havia sido terceirizada anteriormente, mas voltou a ser exercida por aprovados em concurso após uma decisão judicial. No entanto, no início deste ano, a Companhia do Metropolitano voltou a terceirizar o serviço de bilhetagem. “Com isso, os servidores anteriormente lotados nas bilheterias foram remanejados de função, mas ficam grande parte do tempo ociosos”, ressalta Anderson.

A categoria deve permanecer em concentração na Praça do Relógio, a partir das 6h desta quarta-feira. No período da tarde os dirigentes do Sindicato participam de uma audiência de conciliação no TST e realizam uma nova assembleia, a partir das 20h, com a categoria para decidir os rumos do movimento.

Fonte: Federação Nacional dos Metroviários – Fenametro