NÃO AO PPR ABSURDO PAGO À DIRETORIA DO METRUS

Desde a existência do pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) no Instituto, ocorrida há mais de 10 anos, a diretoria do Metrus tem fechado acordo com o critério definido com o Sindicato dos Securitários, que representa a categoria deles. O critério é de pagamento de no máximo 3 salários caso atingissem todas as metas, enquanto a direção do Metrô só aceita fazer acordo com os metroviários em cima de uma folha de pagamento.

Pelo acordo assinado pela diretoria do Metrus não há nenhuma compensação para os baixos salários. Este critério estabelece um favorecimento imenso para os altos salários em detrimento dos menores. Um exemplo disso são os diretores que recebem em torno de R$ 40 mil por mês e podem receber PPR que chega a R$ 120 mil, um total de mais de R$ 400 mil para os 4 diretores.

Quando esse tema chegou a ser debatido no Conselho Deliberativo, nossos representantes sempre defenderam que este pagamento fosse igualitário, a mesma prática que defendemos para os metroviários.

Quanto ao valor do PPR isso nunca foi discutido no Conselho e é tratado pela diretoria como ato de gestão. Infelizmente, por sermos minoria no Conselho nossa proposta sempre foi ignorada. Sequer debater soluções para minimizar os impactos desta injustiça foi aceito.

É bom lembrar que os salários da maioria dos funcionários do Metrus são inferiores aos da nossa categoria, com muitos trabalhadores recebendo até R$ 2 mil e, mesmo com o PPR de 3 salários, não atingem sequer o valor mínimo recebido pelos metroviários. No entanto, os gerentes e diretores do Metrus recebem altos salários e este PPR é um absurdo, pois atinge valores astronômicos, chegando no total de mais de R$ 400.000,00.

Nos posicionamos radicalmente contra o pagamento deste montante e esta forma de distribuição. Exigimos que este critério seja revisto e que seja estabelecido um valor geral máximo de PPR que corresponda à realidade financeira do Instituto, e que a distribuição para os funcionários seja igualitária, onde se valorize o empenho dos trabalhadores da base do Instituto, que penam, como nós metroviários, o ano inteiro.

Propomos para o Acordo Coletivo, já assinado neste ano, que a diretoria do Instituto, para demostrar sua coerência ética e compromisso com o futuro do Metrus, abra mão desta gratificação.

Sindicato dos Metroviários de SP