Colisão na L-15: Metrô DEMITE trabalhadores para ENCOBRIR FALHAS no sistema. Não aceitaremos!

Sindicato recebe com perplexidade a notícia de demissão por justa causa de OT envolvido na colisão do monotrilho, assim como a ameaça de demissão dos outros dois colegas (OT e OTM4). O Metrô prefere demitir os trabalhadores a cobrar da Alstom responsabilidade pelas falhas no sistema.

O Sindicato denuncia há anos os diversos problemas de projeto do monotrilho, a tragédia era anunciada e NÃO será aceito nenhum tipo de perseguição aos trabalhadores por algo que o governo do estado é culpado.

No dia 8 de março, SP amanheceu em turbilhão com a notícia de mais uma colisão entre dois trens do monotrilho; a notícia repercutiu por dias, e sabemos que se o sistema fosse realmente 100% seguro isso não teria ocorrido.

A Cia. insiste em culpar os trabalhadores, porém, em outras linhas, mesmo que nas mesmas condições, essa colisão não teria acontecido, visto que o sistema garante redundância na segurança.

As condições de trabalho no monotrilho são críticas. Não há cabine de trem, os Operadores ficam em pé no meio da população e em caso de emergência precisam abrir um console com chave para atuarem no freio, ou seja, tudo propício para dar problema.

Há outras ocorrências registradas que demonstram possibilidade de lacunas graves na segurança do sistema.

Ainda assim, a direção da empresa tenta dar uma resposta a tudo isso da forma mais perversa, desrespeitando o trauma psicológico sofrido pelos Operadores de Trens, demitindo trabalhador para acobertar a Alstom, responsável pelas falhas no sistema. Deixam de lado o fato de haver problema sério de comunicação na Linha 15; deixam de lado as lacunas que impossibilitaram um trem em AM reconhecer outro à sua frente.

Na apuração das causas, negaram a participação dos trabalhadores envolvidos, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e do Sindicato. Ou seja, numa reunião de cúpula decidem que a responsabilidade é dos trabalhadores. E assim, encobrir o sistema desenhado para a privatização do monotrilho.

Diante desse cenário, repudiamos a atitude da direção do Metrô e vamos lutar pela reversão. Não aceitamos essa postura da Cia. e tomaremos todas as medidas possíveis em conjunto com os trabalhadores para barrar esse ataque à categoria. Convocaremos assembleia e debateremos uma possível paralisação devido a essa covardia da empresa.