Repúdio aos assassinatos de indígenas Guajajara, no Maranhão, e Tuiuca, no Amazonas

O Sindicato dos Metroviários de SP repudia mais um atentado com vítimas fatais contra o povo Guajajara, no estado do Maranhão, e contra um indígena Tuiuca, no Amazonas.

No dia 7/12 (sábado) um grupo de lideranças indígenas Guajajara foi atacado e atingido por vários disparos de arma de fogo no município de Jenipapo dos Vieiras (MA). Foram assassinados os caciques Firmino Praxede Guajajara e Raimundo Belnício Guajajara.  No dia 2/12, foi vítima de espancamento o indígena Humberto Peixoto, do povo Tuiuca, do Amazonas, que trabalhava na Cáritas Arquidiocesana. Ele morreu no dia 7/12.

Outros crimes dessa natureza têm acontecido em consequência de discursos racistas e ações ditadas pelo governo federal contra os direitos indígenas. O presidente Jair Bolsonaro tem dito que nenhum milímetro de terra indígena será demarcado em seu governo, que os povos indígenas teriam muita terra e que atrapalham o ”progresso” no Brasil.

Os direitos dos povos indígenas têm sido negociados e entregues à bancada ruralista, que já tem o controle das ações da Funai em Brasília e nas regiões. O Ministério da Justiça, ao qual a Funai é subordinada, está omisso e o ministro Sérgio Moro se nega a receber os representantes indígenas que têm solicitado audiências para resolver pendências territoriais.

O Sindicato dos Metroviários conclama as autoridades a se submeterem à Constituição Federal de 1988, que concebe os povos indígenas como cidadãos brasileiros com seus direitos garantidos. É necessária a imediata e isenta apuração dessa onda de crimes, que os criminosos sejam identificados e penalizados nos termos da legislação brasileira.