Lula sanciona reajuste dos aposentados e veta fim do fator previdenciário: a luta continua

No dia 15/06 o presidente Lula chegou a uma decisão: sancionou o reajuste de 7,72% para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo e vetou o fim do fator previdenciário, o injusto cálculo, que há tantos anos causa prejuízos ao bolso do trabalhador brasileiro. A decisão representa uma conquista do movimento sindical e uma derrota para alguns setores do governo que aconselhavam o veto.

Na opinião de Wagner Gomes, presidente do Sindicato dos Metroviários de SP e da CTB, a decisão presidencial é uma real demonstração de sensibilidade social para todos aqueles trabalhadores que dedicaram uma grande parte de suas vidas para a construção desse país. “Contudo, para nós, que tanto lutamos pela derrubada do fator previdenciário, seu veto representa um retrocesso. A luta continua!”.

Foram muitas as campanhas, atos e mobilizações, em Brasília e nos Estados, promovidos pelo movimento sindical, para acabar com um injusto mecanismo criado pelo governo neoliberal de FHC, que obriga trabalhadores a se manterem por mais tempo no mercado de trabalho, prejudicando aqueles que começaram a trabalhar prematuramente, ou seja, os mais pobres.

Para além de 2010

Durante esse tempo, a classe trabalhadora obteve vitórias históricas com a aprovação da medida na Câmara e no Senado Federal, conquistadas através da unidade consolidada entre as centrais sindicais e os aposentados, que juntos realizaram vigílias, atos e marchas como forma de pressionar o Congresso Nacional a aprovar as propostas, tão importantes para a população brasileira.

“O momento, agora, é de intensificarmos mais uma vez nossa mobilização, já que o valor aprovado se refere apenas ao ano de 2010. A nossa luta não se resume apenas ao aumento, mas sim, por uma política permanente de valorização das aposentadorias”, ressaltou Wagner Gomes.

Resultado do trabalho das centrais, o projeto aprovado na 2ª Conclat, prevê a extinção do fator previdenciário, bem como o estabelecimento de uma política de valorização e recuperação dos benefícios dos aposentados e pensionistas, semelhante à política que hoje beneficia o salário mínimo.

As centrais se reunirão na próxima semana para debater e estabelecer saídas para o impasse criado.

Do portal CTB

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