Mobilização resultou na suspensão da reforma da Previdência de Doria

Após uma semana marcada por forte luta dos trabalhadores e deputados estaduais contrários à reforma da Previdência do governo Doria (PSDB), a Justiça suspendeu a tramitação do projeto na Assembleia Legislativa de SP (Alesp). Professores estão realizando paralisações contra os ataques às aposentadorias em São Paulo.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu, no dia 6/12, liminar que suspende a tramitação na Alesp do projeto de reforma da Previdência estadual elaborado pelo governo João Doria (PSDB). A decisão atendeu pedido do deputado estadual Emídio de Souza (PT), que apontou irregularidades na indicação do deputado Heni Ozi Cukier (Novo) para a relatoria.

Cukier não poderia assumir a relatoria especial pois já havia sido o relator do projeto na CCJ. A criação da figura do relator especial foi uma manobra articulada pelos deputados do PSDB para acelerar a tramitação da proposta. Além disso também foi considerado que o tema foi pouco discutido na Casa.

Ainda no início da discussão sobre a reforma no plenário da Alesp, no dia 4/12, o deputado  Arthur do Val (sem partido), apoiador da reforma, se dirigiu a servidores públicos e sindicalistas que assistiam à sessão os chamando de “vagabundos”, fez gestos obscenos e disse: “eu quero pegar vocês”. Após isso, um grupo de parlamentares invadiu o púlpito e a sessão foi suspensa.

No dia seguinte (5/2), as deputadas Beth Sahão, professora Bebel e Márcia Lia (PT), Mônica Seixas e Isa Penna (PSOL) e Leci Brandão (PCdoB), ocuparam a mesa da Presidência da Alesp e impediram o início da votação em resposta à proibição da entrada de servidores na galeria do plenário.

Manifestamos todo apoio à luta contra os ataques contidos na proposta de reforma da Previdência de Doria!