Por uma Federação de luta sem vínculos com governos e patrões

O papel de uma entidade como a Fenametro é organizar ações e lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores. E é necessária a absoluta independência em relação aos patrões e governos. 

Por uma Campanha Nacional contra as PPPs

O maior ataque que os metroviários estão sofrendo no país é o avanço da Parcerias Publico-Privadas (PPPs), impulsionadas pelos governos estaduais e federal. Todos os projetos de expansão nos estados e do PAC da Mobilidade são de privatização via PPP, ameaçando não só os direitos dos trabalhadores (é só olhar a Linha – 4) como a natureza do serviço público do transporte (que passa a visar o lucro e não o atendimento ao usuário).

A Fenametro tem que se posicionar e também agir contra as privatizações e PPPs, independente de quem for o governo, seja PPP da Dilma (PT), o Alckmin (PSDB), o Jaques Wagner – governador da Bahia (PT) ou Márcio Lacerda – prefeito de BH (PSB). No site da Fenametro, por exemplo, há uma página em que se fala da ampliação do metrô de BH, cita a proposta de PPP do prefeito, mas não tem uma linha contra a privatização.

A Fenametro deve sair do “Conselho da Cidade”

Quem viu o jornal nº 38 da Fenametro, constatou que a entidade tem assento no “Conselho das Cidades”, órgão do Ministério das Cidades, do ministro Mário Negromonte (PP), ligado a Paulo Maluf. Uma das principais ações desse ministério tem sido a implantação das PPPs e atacar os trabalhadores das empresas subordinadas como a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

A representação de trabalhadores nesses órgãos não possibilita a mudança da política oficial, pois ela é estabelecida de cima. O governo chama os trabalhadores a indicar representantes para induzir a opinião pública de que as medidas impostas foram concebidas democraticamente com a nossa participação.

Por esses motivos, a diretoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo é contra a participação da Fenametro no Conselho das Cidades e quer discutir esta participação nacionalmente com os demais metroviários.

É inaceitável a presença do governo/patrão no Congresso

Fomos informados pela direção da Fenametro que a entidade convidou membros dos governos estadual e federal para a abertura do congresso (que será realizada no nosso Sindicato). O Congresso é o momento que os trabalhadores se reunem para organizar a luta contra o patrão. E neste momento passa pele luta contra a privatização, e neste sentido é contraditório fazer parte da mesa aqueles que promovem a privatização e atacam os direitos dos trabalhadores.