Tese sobre Conjuntura Nacional – Alex Santana

CONJUNTURA NACIONAL

Temer e a farsa econômica para tentar se sustentar até o fim do governo

Temer mascara os dados econômicos para vender uma imagem de bom governo, pensando nas eleições 2018. A inflação muito baixa demonstra essa teoria, pois o que vemos na realidade são aumentos absurdos em produtos e serviços que interferem diretamente na inflação geral, como energia elétrica, gasolina, gás, água, os aumentos de tarifas nos transportes, que influenciam diretamente no bolso dos mais pobres, entre outros. Isso significa que para haver esse nível da inflação oficial, outros setores deveriam ter grandes deflações, mas também não vemos isso. Mesmo com safra 30% maior no setor agrícola, os produtos nos supermercados não tiveram grandes quedas, no geral cerca de 1,8% nas despesas da família, que sem essa queda o índice oficial ainda estaria baixo.

Outro ponto que leva a inflação para baixo, além da maquiagem dos números, é o baixo consumo. Isso faz com que o mercado tendo menos procura baixe preços, ou seja, demonstrando que não há recuperação econômica. As sucessivas quedas de juros ainda não resolveram o problema da inadimplência, do crédito e ainda não se fez sentir na economia real, visto que a maioria dos contratos ainda estão fixados com juros altos, e mesmo novos contratos não tiveram queda significativa real nas taxas.

Vamos ao aprofundamento da crise, visto que deflação, pode ser pior que inflação. Em tempo de crise significa pouco consumo com consequência direta na geração de empregos. O pior da crise apenas começou e o caos do Rio de Janeiro começa a se espalhar por todo o país.

O governo tenta esconder tudo isso da população, pior, tenta vender a ideia das reformas e das privatizações para solucionar um problema que não foi criado pelo povo, mas que o povo que sofrerá as consequências.

Se materializa aí a regra básica da economia capitalista: lei da oferta e da procura. Com uma safra maior do que a anterior o mercado se comporta de forma diferente, e oferece os produtos por um valor abaixo do que normalmente é cobrado, mesmo que esse produto não seja totalmente absorvido pelos consumidores, ou que este preço não seja realmente acessível ao consumidor. Isso é um elemento, que como dito anteriormente, não é uma alteração tão significativa que justifique tal queda na inflação, pois até as maiores alterações que a pesquisa do IBGE apresenta (gás de botijão 16,00%, taxa de água e esgoto 10,52% e energia elétrica 10,35%), nos parecem pequenas comparadas a realidade das contas que chegam no fim do mês.

Importante dizer que mesmo o governo considerando empregos informais, o trabalho autônomo, jornada intermitente, ou seja, todas as formas de trabalho precário que foram criadas com a lei da terceirização e com a reforma trabalhista, o ano de 2017 fechou com saldo negativo.
Por isso temos que lutar nas ruas contra todos os ataques, as reformas; realizando greves para estancar as maldades e revogar tudo que aprovaram de retirada de direitos. Fora Temer!
Assina: Alex Santana – OT L3 (Demitido)