Tese sobre Organização de Base – Alexandre Roldan

ORGANIZAÇÃO DE BASE

Metroviários Demitidos: Participação nas Campanhas pela reintegração e contra a privatização!

Enquanto não são reintegrados, os demitidos devem ser conscientizados a participar o quanto possível das atividades da categoria, distribuir materiais, conversar com a base onde for possível, ajudando a organizar a categoria. Estes devem ser critérios para que algum demitido receba auxílio financeiro da categoria. Parte dos critérios deve ser que a demissão tenha relação com as lutas da categoria, seja por greves, atos políticos etc, independente de quem seja o metroviário, podendo ter algum mandato da categoria ou não.

Outra premissa para o recebimento da ajuda é de que o metroviário deve ser sindicalizado há pelo menos 3 meses antes da demissão e, enquanto estiver recebendo o auxílio, deve contribuir simbolicamente com o mesmo valor pago pelos aposentados. Também sempre deve haver um termo assinado, contendo a devolução do dinheiro quando reintegrado, contendo que caso haja outra renda, seja por emprego formal, informal, aposentadoria entre outras, o auxílio deve ser cessado.

O valor de auxílio nunca deverá ser superior ao piso do cargo exercido na Companhia para demitidos por justa causa e, nunca acima do piso da categoria para os demitidos sem justa causa (pois estes recebem rescisão, FGTS e seguro-desemprego, ou seja, sofrem um menor impacto financeiro de imediato), e semestralmente a categoria deverá ser consultada sobre a prorrogação ou não do período de recebimento. Tendo em vista a existência de acordo de PR para a categoria, os demitidos deverão receber de PR no máximo o valor que recebem mensalmente de auxílio.

Considerando que os demitidos de 2014 recebem valor diferente do mencionado acima, para terem tempo de se planejar, terão 6 meses para a adequação dos valores, sendo que se daqui 6 meses ainda não tiverem sido reintegrados, caso a categoria aprove manter o auxílio, o mesmo deverá ser já nos novos valores (no máximo o piso do cargo exercido na Companhia).

Como parte da ajuda, os demitidos terão plano de saúde MSB e não MSI, por no máximo 2 anos. Caso queiram o MSI, pagarão a diferença dos valores. Posterior aos 2 anos, cada demitido que quiser continuar com o plano deverá pagar integralmente os valores. Para que os demitidos de 2014 possam se organizar, receberão essa ajuda por no máximo mais 6 meses pós congresso, depois disso se enquadrarão nas novas regras mencionadas acima. Todos estes critérios e regras devem ser monitorados constantemente para que sejam cumpridos e, caso contrário, cessada a ajuda financeira.

Todas essas adequações visam manter a organização da categoria, tendo em vista que nas diversas lutas, todos devem ter a segurança da união dos metroviários para seguirem mobilizados e, não transformar essa ferramenta em algo que caia em descrédito e diminua a solidariedade entre os próprios metroviários. Além disso, todos esses critérios são uma forma de manter os metroviários demitidos, na luta.
Assina: Alexandre Roldan – VPN L1