Assembleia encerra greve no metrô do Distrito Federal

Em assembleia realizada em 21/10, os metroviários do DF aprovaram a proposta feita pelo Ministério Público do Trabalho durante reunião realizada entre o SindMetrô e a direção da empresa, no mesmo dia, e deliberaram pelo encerramento da greve iniciada em 20/10.

Para os dirigentes, o resultado do movimento representou um avanço para a categoria, como por exemplo a redução da jornada de trabalho dos pilotos, de 40 para 30 horas semanais. "Essa reunião se resume a um compomisso que tem valor. Nós avançamos em várias questões, como o Plano de Carreira", disse Luciano Soares Costa, diretor da secretária de Saúde do Trabalhador do SindMetrô.

Produtividade
Por 90 dias, os metroviários vão experimentar a redução da carga horária de 40h para 30h, sem redução salarial. A diminuição do horário de trabalho, a partir de 1º de novembro, terá caráter experimental. "Mostramos que a redução seria a melhor saída para nossa produtividade, já que não trabalhamos por hora, mas sim por volta, o que nos deixava ociosos por vezes", afirmou Luciano Costa, que além de direitor do sindicato, é membro da Comissão que realizou o estudo sobre a implantação da redução.

Intermediou a reunião a procuradora Hilda Leopoldina Pinheiro, especialista em direito adiministrativo, que entendeu o lado dos trabalhadores e as condições a que são submetidos.

Avanço
No que diz respeito ao quadro de funcionários, a empresa se comprometeu a chamar 90 aprovados no último concurso, referente ao cadastro reserva. Ao todo, serão 40 vagas para piloto e 50 para agente de estação. A categoria, no entanto, reivindicava 200. O Diário Oficial do DF (DODF) do dia 22/10 publicou os nomes dos convocados.

Outro avanço está relacionado ao PES (Plano de Empregos e Salários). "A empresa queria implantar um estudo totalmente inviável e irregular, uma vez que já existe um, só nao é aplicado", esclareceu Costa.

Para ele, o resultado do movimento paredista foi vitorioso, já que as principais revindicações foram atendidas, apesar de alguns pontos não terem sido negociados devido a obstáculos jurídicos. "Sabemos que diversos pontos dependem de ações jurídicas. Isso nós entendemos. Avançamos, mas vamos continuar lutando pelos pontos que não conseguimos avançar. Agradecemos ao apoio que foi dado pelos companheiros da Fenametro e da CTB, inclusive pelo companheiro Wagner Fajardo, que acompanhou o processo de negociação".

Outro destaque feito pelo dirigente foi o acordo firmado para a participação do sindicato nas publicações dos editais da empresa. "Antes era a empresa que, de forma unilateral, construía o edital. Agora, de acordo com orientação da procuradora, vamos fazer um estudo quantitativo e enviar para a empresa". O estudo elaborado pelos sindicalistas, além de enviado para o metrô DF, deverá ser entregue para a procuradora, que continuará acompanhando o caso."Essa medida garantirá o monitoramento até com relação aos salários, para que não haja perda gradual. E os mais novos não ganhem menos".

Fonte: Federação Nacional dos Metroviários – Fenametro

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