Categoria quer o fim da estratégia de futebol, o “Bonde”!

Os acontecimentos violentos da estratégia de futebol (o “Bonde”) no dia 25 de março preocupam a categoria, em especial os funcionários do OPS. Vândalos travestidos de torcedores organizados colocam em risco a vida de dezenas de trabalhadores metroviários, usuários e o patrimônio público.

A guerra declarada por torcedores desorganizados contra os seguranças esquentou em 13 de junho de 2012, quando 61 torcedores foram detidos por agressão a um funcionário de BFU e por dano ao patrimônio.
 
Em resposta aos acontecimentos de junho de 2012, estes torcedores deixaram desta vez um saldo de mais de dez companheiros da segurança feridos com lesões graves, alguns hospitalizados e vários ameaçados pelos que se intitulam amigos do coordenador do OPS.

Do outro lado também houve feridos, mas dessa vez a promessa velada de que na próxima ocasião os torcedores virão com morteiros e barras de ferro é extremamente grave e preocupante.

O Metrô é condescendente com essas facções, vez que sempre atribui a responsabilidade dos incidentes aos seguranças. Tememos que o IN 23/2013, que suspendeu a circulação por quase meia hora por motivo de insegurança pública, tenha o mesmo desfecho.

Os seguranças têm sorte quando viram bodes expiatórios, e quando têm azar, viram vítimas da violência e da irresponsabilidade do Metrô.

Todos os órgãos envolvidos nesses eventos de futebol eximem-se de responsabilidades, mostrando serem incapazes de dar solução ao problema das torcidas, principalmente, a PM e o MP.

O Metrô, por sua vez, não assume sua incompetência em realizar tais estratégias e coloca em risco a integridade física dos metroviários e a manutenção do patrimônio público.

O Sindicato é contra a estratégia do “Bonde”, pois as condições de segurança são precarizadas. Propomos a suspensão imediata à adesão de horas extras em dias de evento.

Não somos contra o transporte de torcedores, mas circularemos um abaixo- assinado, que será devidamente encaminhado ao Metrô, MP e MTE, onde os funcionários da operação e principalmente os da segurança se manifestarão contrários à estratégia do “Bonde”, negando-se a embarcar em trens exclusivos para torcedores.