Desemprego é o menor, e salário médio o maior desde 2002

Seis regiões metropolitanas do Brasil apresentaram taxa de desemprego de 6,2% em setembro — menor índice já registrado desde o início da série histórica em março de 2002. Em agosto, a taxa de desemprego no Brasil havia ficado em 6,7% e, em setembro do ano passado, em 7,7%.

Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego foram divulgados no dia 21/10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo o estudo, a população desocupada em setembro foi de 1,48 milhão de pessoas. Esta é a primeira vez no país que a população desocupada fica abaixo de 1,5 milhão de pessoas.

A população ocupada totalizou 22,282 milhões em setembro, alta de 0,7% sobre agosto e de 3,5% sobre igual período do ano passado.

Rendimento médio real
O rendimento real médio dos trabalhadores ficou em R$ 1.499 em setembro e é o maior desde o início da série histórica do IBGE, também iniciada em março de 2002.

O recorde anterior, conforme informou o órgão, foi registrado em agosto, quando o salário médio foi de R$ 1.480,20, número revisado pelo instituto.

O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.499 – um acréscimo de 1,3% na comparação com agosto e de 6,2% com setembro do ano passado.

A renda média apresentou alta em todas as regiões investigadas, na comparação mensal, com destaque para Rio de Janeiro (2,7%) e Recife (1,9%).

Região Salário em setembro/ IBGE

Recife R$ 1.103,20
Salvador R$ 1.252,50
Belo Horizonte R$ 1.428,80
Rio de Janeiro R$ 1.568,60
São Paulo R$ 1.599,70
Porto Alegre R$ 1.599,70

O rendimento médio real dos trabalhadores em setembro cresceu 1,3% sobre agosto e 6,2% na comparação anual. Em todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores em setembro, na comparação mensal, apresentou aumento.

As variações foram as seguintes: Recife, 1,9%, Salvador, 1,2%, Belo Horizonte,1,7%, Rio de Janeiro, 2,7%, São Paulo, 0,4%, e Porto Alegre, 1,3%. Sobre o mesmo período do ano passado, todas as regiões também tiveram alta nos valores: Recife (13,5%), Salvador (5,9%), Belo Horizonte (11,4%), Rio de Janeiro (8,8%), São Paulo (3,1%) e Porto Alegre (7,5%).

Mais R$ 102 bilhões na economia
Até dezembro de 2010 devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 102 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário, 20% a mais do que em 2009, divulgou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira (21). Em 2009, o valor pago em 13º salário foi de R$ 85 bilhões.

O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2010 é cerca de 5,85% superior ao observado em 2009. Estima-se que 4,9 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado vínculo empregatício.

"A retomada das contratações em ritmo mais vigoroso, em 2010, foi sem dúvida um elemento importante para que o conjunto de beneficiários do abono neste fim de ano tivesse um crescimento maior que o observado em 2009", afirmou o Dieese em nota.

O montante deste ano representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e engloba os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados. Cerca de 74 milhões de pessoas serão beneficiadas, segundo estimativa do Dieese.

Dos brasileiros que devem receber o 13º salário, aproximadamente 28,6 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (45,4 milhões de pessoas) correspondem a 61,4% do total.

Regiões
A região sudeste deve ficar com 51,4% dos R$ 102 bilhões; outros 15,4% do montante a ser pago devem ficar na região sul; enquanto o nordeste ficará com 14,9%. Para as regiões centro-oeste e norte irão, respectivamente, 8,5% e 4,3%.

O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago em Brasília (R$ 2.850) e o menor, no Maranhão (R$ 830).

Setores
Os trabalhadores do setor de serviços (incluindo administração pública) ficarão com 62% dos R$ 69,5 bilhões a serem pagos aos funcionários do setor formal em 13º este ano. Os empregados da indústria ficarão com 22%; os comerciários terão 13%; os trabalhadores da construção civil com 4,6% e apenas 2% será destinado aos trabalhadores da agropecuária brasileira.

Em termos médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 1.609. A maior média deve ser paga para os trabalhadores do setor de serviços, correspondente a R$ 1.888; o setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.803 e o menor 13º salário (R$ 900) foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia.

Do Portal Vermelho, com agências