3º Encontro Sindical Nossa América aprova Manifesto de Caracas

A categoria metroviária foi representada pelo secretário-geral do Sindicato, Wagner Fajardo, que também é presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) e secretário-geral da União Internacional de Sindicatos de Trabalhadores em Transportes (UIS).

A capital da República Bolivariana da Venezuela, Caracas, foi sede da terceira edição do Encontro que reuniu representantes do movimento sindical de toda a América, entre os dias 21 e 24/07, com o objetivo de trocar experiências da luta dos trabalhadores pela garantia de seus direitos e pela ampliação de suas conquistas em todo o continente.

Cerca de 300 delegados internacionais e 200 venezuelanos participaram da atividade, que teve a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) como um dos integrantes do Grupo de Trabalho organizador do Encontro.

Resultados
Após os três dias de trabalhos, foi aprovado, por unanimidade, o Manifesto de Caracas, que reafirmou a unidade da classe trabalhadora como estratégia de ação fundamental para o sindicalismo do continente.

Além disso, as oficinas realizadas pelos delegados do Encontro aprovaram uma plataforma de ação unitária e a criação de um instituto de Pesquisa, Formação e Assistência Técnica para a classe trabalhadora latino-americana.

Três resoluções políticas, referentes aos temas debatidos pelos delegados do Encontro, também foram aprovadas pelo plenário ao final das atividades, assim como uma Moção de Apoio ao governo venezuelano em relação à postura belicista e irresponsável assumida pela Colômbia, cuja consequência foi o rompimento das relações entre as duas nações.

A constituição do instituto ainda demandará novas discussões e a sua concretização deve ser precedida da elaboração de um programa de ação sindical para o continente americano.

O documento
O documento aprovado pelo 3º ESNA destaca a luta da classe trabalhadora no marco dos bicentenários de independência iniciados na América Latina ao longo de 2010. O texto também faz uma análise dos efeitos da crise econômica mundial, ataca a crescente militarização estadunidense por todo o continente e defende que o momento atual é uma grande oportunidade para que o projeto emancipador iniciado há 200 anos possa conquistar novos avanços.

O Manifesto convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras da região a aprofundar sua resistência diante da atual conjuntura, de modo a construir sua própria emancipação e iniciar uma nova fase que seja ofensiva e na direção de uma sociedade sem explorados e exploradores.

Confira aqui a íntegra do Manifesto.

Por Fernando Damasceno, direto de Caracas