Amaro Vieira Silva, presente!

O Sindicato dos Metroviários de SP manifesta profundo pesar pelo falecimento do companheiro Amaro Vieira Silva no dia 29/7. Ele foi diretor do Sindicato e um pioneiro da organização sindical. O registro de Amaro era o de número 88 no Metrô, onde trabalhou por 41 anos. Foi militante da Juventude Operária Católica, do PT e da CUT, lutou contra a ditadura militar e pela construção do novo sindicalismo, iniciado no final dos anos 1970.

Em 2006, Amaro concedeu entrevista a Osvaldo Bertolino, diretor de imprensa do Sindicato na época. Amaro conta que entrou no Metrô em 1968 após ter sido bancário. “Eu vim para o Metrô, fui o primeiro almoxarife administrativo. O primeiro escritório nosso foi na Florêncio de Abreu, aonde era o prédio da “Antonio Sfrichs”, uma empresa de importação de equipamentos.”.

Amaro Vieira Silva deu início à organização dos trabalhadores através do Metrô Clube e, posteriormente, com a  Aemesp (Associação Profissional dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo) em 1974. Nessa entrevista ele relata o movimento sindical e a resistência à ditadura militar “Acabei conhecendo algumas pessoas que também não concordavam com a ditadura militar (… ) Nós já tínhamos contatos com pessoas que estavam na clandestinidade; e conseguimos organizar um grupo dentro do metrô.”.

Amaro participa da cerimônia de recebimento da Carta Sindical em 1981

Em março de 1981 uma assembleia com mais de 200 pessoas elegeu provisoriamente a primeira diretoria do Sindicato e, em agosto desse ano, os metroviários receberam do governo federal a Carta Sindical, que confere à entidade já organizada o poder de representação legal da categoria.

Além do exemplo na luta em defesa dos trabalhadores e por justiça social, Amaro ficou conhecido pelo carisma e simpatia com todos. Deixa um legado de lutas memoráveis e de um humano excepcional.

O Sindicato se solidariza com os amigos e familiares do companheiro Amaro.