Governos querem destruir os serviços públicos. Metroviários podem ser afetados!

A linha da economia adotada pelos governo Bolsonaro e Doria são muito parecidas: ambos apostam nas tentativas de reduzir drasticamente o papel das empresas e dos trabalhadores de serviços públicos para privilegiar empresários e o capital privado. Por isso, na esfera federal o governo apresentou a chamada Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e o governo do estado o PL 529  

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32/2020, que iniciou sua tramitação na Câmara dos Deputados, tem como base a redução dos gastos públicos. Ela vai no mesmo sentido das reformas trabalhista, previdenciária e teto dos gastos, que enxugaram as despesas públicas prejudicando setores essenciais como saúde e educação. Bolsonaro diz combater privilégios, mas deixa de fora políticos, militares e a elite do judiciário.

Entre os principais pontos da Reforma estão o fim da estabilidade para o servidor, dos concursos públicos, dos reajustes salariais e o esvaziamento das empresas e serviços públicos. Além destes, a proposta atinge os trabalhadores em vários outros aspectos, como nas carreiras e no anuênio. Neste ponto os metroviários podem ser afetados caso seja aprovada como foi encaminhada pelo governo. Em breve o Departamento Jurídico vai elaborar cartilha com as informações relacionadas à categoria.

O governo Doria vai no mesmo caminho e tenta aprovar o desmonte de empresas e serviços públicos. Apresentou o Projeto de Lei (PL) 529/20 que visa exterminar importantes empresas, fundações e recursos que sustentam áreas como habitação, transportes e as universidades. Nos últimos dois anos a categoria metroviária tem vivenciado na prática a falta de disposição em dialogar e as intenções de privatização.

Será necessária uma forte mobilização contra a política econômica da destruição pública em favorecimento dos lucros privados. Os metroviários devem ser solidários aos atingidos neste momento e participar dos esforços em defesa dos serviços públicos.