Greve de 2/6 é cancelada e metroviários fecham Campanha Salarial

fechacampanha2015aA assembleia realizada na noite de 1º de junho (segunda-feira) decidiu aceitar a proposta realizada pela empresa na Audiência de Conciliação ocorrida no mesmo dia e cancelar a greve marcada para o dia 2 de junho (terça-feira).

Veja os principais itens do acordo fechado:

. Reajuste salarial de 8,29% (7,21% mais 1% de aumento real)
. 10% de reajuste sobre o VA e o VR
. VA extra: foi mantida a cota extra paga em dezembro
. Periculosidade para OTM1: será discutida no Núcleo de Conciliação do TRT
. Plano de Carreira e Plano de Saúde para aposentados também continuarão sendo discutidos no Núcleo de Conciliação
. Intervalo intrajornada: Metrô se compromete a realizar reunião direta com trabalhadores antes da audiência marcada para 20/8/2015 no Ministério Público do Trabalho
. PR: será paga em 28/2/16, com valor mínimo de R$ 5.263,90 (as metas atingirão as parcelas variável e fixa, mas o valor mínimo não será alterado)
. Demitidos de 2014: empresa não aceitou a reintegração imediata dos demitidos. A luta pela reintegração continua!
. Aviso prévio: nova regra só valerá para trabalhadores que ingressarem na empresa a partir de maio de 2015 (pagamento de 5 dias por ano trabalhado, limitado a 35 anos de serviço)

 

Fique por dentro da Campanha Salarial

Primeiro de Maio é a data-base dos metroviários, período do ano em que Sindicato e a Cia do Metropolitano (Metrô) se reúnem para repactuar os termos do contrato coletivo de trabalho. Neste período, os trabalhadores entregam uma Pauta de Reivindicações que é discutida com a empresa.

Na assembleia do dia 8/4 os metroviários aprovaram a Pauta de Reivindicações e em 14/4, foi eleita a Comissão de Negociação para a Campanha Salarial 2015.

Foram quatro rodadas de negociações entre os trabalhadores e a empresa. Neste ano o Metrô dificultou a participação da Comissão de Negociação nas reuniões. A empresa restringiu o número de pessoas nas reuniões e foi intransigente quanto à necessidade de mais rodadas para negociação.

Nas negociações os trabalhadores repudiaram a tentativa da empresa de infiltrar observadores em assembleias da categoria e de tentar impor um Plano de Contingência nos períodos de paralisações dos metroviários. Foram discutidas as questões de saúde dos aposentados, da previdência, a importância na valorização da aposentadoria, os repasses da empresa para o Metrus, Periculosidade para os OTM-1, a situação dos Part-Time, a PR igualitária, o VA de Natal, a redução de jornada, o Plano de Carreira e os índices econômicos que estão abaixo da inflação.

Os companheiros apontaram ainda um aumento do ritmo de trabalho e a necessidade de contratação, dado o crescimento do número de usuários. A empresa recusou todas as reivindicações dos trabalhadores argumentando a falta de recursos financeiros, no entanto o Metrô tem lucrado como aponta o balanço do último período, fazendo doação de 256 milhões de reais ao governo estadual, cobriu o prejuízo de 332 milhões causado pela L4-Amarela e, ainda assim, apresenta lucro de cerca de 118 milhões de reais.