Informe da reunião com secretário de Transportes e presidente do Metrô em 14/3

A reunião havia sido agendada para tratar do monotrilho e terceirização das bilheterias, mas avançou para outros temas. Participaram, além de representantes do Sindicato, trabalhadores da base da categoria.

Campanha Salarial: Defendemos a necessidade de valorização dos metroviários por parte da direção do Metrô e do governo do Estado pela excelência dos serviços prestados à população, que reconhece a categoria metroviária como aquela que presta o melhor serviço público na cidade de SP. Por isso, solicitamos a renovação de todo o Acordo Coletivo e o atendimento das reivindicações da categoria.

Para o Metrô e Governo será um processo que irá se iniciar e que tudo deverá se desenvolver em meio às negociações. Não garantiram nenhum compromisso antecipado.

Monotrilho: A reunião havia sido solicitada antes do leilão de privatização ocorrido essa semana, que manifestamos ter sido um grave equívoco, pois a L-15 segue com vários problemas de segurança e a lógica da iniciativa privada é o lucro e não a segurança dos usuários. Além de que a privatização das linhas não atende ao interesse público. Foi discutida a garantia de emprego a todos os metroviários e que o processo de transferência das linhas leve em conta as condições anteriores como horário, escalas, turno, atividades… e ainda que seja garantido um processo democrático de escolha dos novos locais de trabalho.

O presidente do Metrô informou que ainda não há um cronograma de transição e que não foi discutida nenhuma demissão em razão da privatização.

Terceirização das Bilheterias: Apresentamos o grande equívoco que significa esse processo, que leva a condições de trabalho degradantes aos trabalhadores terceirizados, retorno de episódios de violência nas estações, fraudes e roubos, custo da terceirização superior à operação feita pelos metroviários e a consequente queda da qualidade dos serviços prestados. Também nos comprometemos em apresentar um estudo do impacto financeiro da terceirização e comparar com o pagamento dos adicionais pela atividade em bilheteria.

O presidente do Metrô declarou que aceita receber o estudo, mas também sem assumir nenhum compromisso.

Foram discutidos vários outros assuntos:

. A necessidade haver uma gestão mais democrática e transparente

. As injustiças praticadas pela empresa

. A complexidade da atividade metroviária e o comprometimento da categoria com a população usuária

. A necessidade de contratação de mais metroviários

. Treinamento de bilheteria para todos os OTMs 1 para que seja garantido o rodízio nas atividades e pleno atendimento à população

. A grave situação dos metroviários e metroviárias com restrição, entre outros.