Junho: mês para fortalecer a luta LGBTT+! CHEGA de PRECONCEITO!

LGBTT+ conquistaram direitos básicos, mas ainda são relegados a espaços de exclusão, falta de acesso, precarização, violência e exploração extrema. Hoje, muitos ainda não vivem, apenas sobrevivem. Precisamos comemorar os ganhos e continuar na luta e disputa de classe. QUEREMOS POR INTEIRO, NÃO PELA METADE!

Os avanços da comunidade LGBTQIAPN+ pelo mundo, ainda que poucos, geraram uma onda reacionária gigantesca. Os governos de direita e extrema-direita deturparam as pautas sociais com o intuito de instaurar um estado de pânico moral, gerando capital político e travando discussões de direitos e garantias mínimos para populações marginalizadas. Mas também os governos mais à esquerda, apesar do discurso, avançam lentamente em pauta concreta do movimento. Só a luta e organização do movimento têm garantido as conquistas.

No Brasil, tivemos anos sombrios de governo Bolsonaro, onde políticas públicas para a comunidade, principalmente pessoas trans, foram, no mínimo, reduzidas, chegando à extinção de programas sociais direcionados. Pela luta da nossa comunidade, políticas são reinstauradas e pessoas LGBTT+ alçadas a lugares comuns de poder. Ainda estamos longe do ideal, mas esse passo foi fundamental.

Saímos de um período em que a ex-ministra dos Direitos Humanos dizia que “menino veste azul e menina veste rosa” (…) “O Estado é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã” e impusemos, através da luta, que seu sucessor diga “trabalhadoras e trabalhadores do Brasil […] mulheres do Brasil, […] homens e mulheres pretos e pretas do Brasil[…] povos indígenas desse país[…] pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, intersexo e não-binárias, vocês existem e são valiosas para nós”.

Ainda temos muitos desafios pela frente. O País continua sendo o que mais assassina pessoas trans. Informação que possuímos porque temos instituições que garantem o mínimo de contabilização dos crimes. Diferente de tantos outros países em que esses dados são deliberadamente não colhidos, justamente para esconder a necessidade de políticas públicas que protejam esses corpos e, assim, permitir que eles continuem sendo violentados, como a LGBTfobia institucionalizada com pena de morte em 13 países, ressaltada durante a Copa do Mundo no Catar em 2022.