Metrô adota excesso de horas extras

Há muito tempo os metroviários sacrificam seus momentos de lazer para fazer o Metrô funcionar! Esta empresa só funciona com horas extras! É hora extra na operação, na manutenção e na administração. Estamos no ápice da superexploração de trabalhadores, acompanhada do seu adoecimento e desestabilização familiar e social. Tudo para quebrar um galho da chefia. Ou seja, pelo lucro dos patrões. Chega disso, companheiros!

Prática antiga no Metrô, a realização de horas extras ultrapassa os conceitos de abuso, excesso e assédio! Os metroviários chegaram ao ponto de passar pelo constrangimento de receber ligações em casa, convocando-os para trabalhar em seus dias de folga!

Isso, sem contar com as horas extras programadas para todos os meses! E com aquelas que são comunicadas na hora, e que, mais uma vez, constrangem os metroviários a prolongar as suas jornadas!

O Sindicato tem conhecimento de casos de funcionários que já trabalharam 10, 12 e até 16 horas consecutivas! Por estes motivos, há vários anos discute este problema com a empresa, e, junto com as CIPAs, busca formas de garantir a saúde dos trabalhadores e a reposição do quadro de funcionários.

A gravidade do problema também já foi levada ao conhecimento das autoridades do Ministério do Trabalho e Emprego, mas, no entanto, o Metrô se finge de morto e custa a admitir o problema.

No final, quem ganha com isso? Certamente a Cia. que, como muitas empresas, prefere pagar hora extra a contratar funcionários para suprir sua necessidade de mão de obra.

Esta prática só prejudica o trabalhador, por meio da superexploração dos que se submetem, e do assédio daqueles que resistem!

Da lei ao que buscamos

O artigo 61 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que pode-se determinar a realização de duas horas extras em casos de “força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

sta não é uma condição habitual da empresa Metrô, e se assim for, cabe à mesma providenciar a readequação do seu quadro de funcionários por meio da realização de concurso externo.

A luta pela redução da jornada é histórica. Remonta-se ao século XVIII, quando começou o capitalismo industrial, e as jornadas chegaram até a 18 horas diárias. Mas é para frente que se anda! Hoje, no Brasil, discutimos a redução da jornada de trabalho para 36 horas a todos os metroviários. Então, trabalhe menos e aproveite seu tempo livre com a família e os amigos!