Mobilidade LGBTQI+: Transporte mais seguro, contratações e vagas afirmativas

O transporte público ainda é um ambiente hostil à população LGBTQIAPN+. É necessário um treinamento responsável para os funcionários do Metrô e a conscientização dos passageiros

Desde 2018, pesquisas apontam que o espaço mais hostil na cidade de São Paulo para a população LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais/ Travestis, Queer, Intersexo, Assexuais, Panssexuais e Não-Binário) é o transporte público.

Dentre as violências enfrentadas consta que 41% foram menosprezados de maneira indireta (olhares, comentários); 30% foram alvo de expressões LGBTfóbicas; 27% foram abordados de forma desrespeitosa por ser LGBTT+, 26% sofreram agressões verbais; 11% foram impedidos de entrar no transporte; 14% foram ameaçados; 10% sofreram agressões físicas e 8% foram impedidos de continuar uma viagem.

Recentemente, Seguranças do Metrô de São Paulo retiraram do trem uma pessoa que insistia em desrespeitar um casal LGBTT+ que estava apenas transitando junto. Esse é o tipo de atuação da nossa categoria que esperamos propagar diariamente.

Nós, metroviários, entendemos que uma das formas de combater essa exclusão é por meio da conscientização permanente e atualizada da categoria, que recebe diariamente esses casos, para que seja cada vez mais um local seguro e de acolhimento. Isso depende de políticas específicas que passam pelo treinamento responsável de todos os funcionários, conscientização de passageiros e a preocupação integral da empresa.

Além disso, é essencial que o quadro de funcionários seja o mais diverso possível. Uma empresa desse porte que divulga, no censo interno dos seus funcionários, um quadro de apenas 10 pessoas Trans e 7% do seu quadro LGBTT+, não pode apenas ficar exibindo bandeiras no mês do orgulho sem tomar atitudes concretas. Precisa atuar ativamente para promover maior diversidade. Por contratação por Concurso Público e vagas afirmativas!