Nota de repúdio à repressão contra os metroviários

Imagem vazia padrãoNesta madrugada (6/5), cerca de 100 metroviários foram agredidos violentamente pela tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo, na estação Ana Rosa do metrô, após um protesto que acontecia em apoio à greve. Pelo menos quinze pessoas ficaram feridas e um trabalhador foi preso.

Há dois dias a categoria está em greve, aprovada por unanimidade pelos trabalhadores em assembleia. Essa greve é por aumento de salários, melhoria das condições de trabalho, pelo plano de carreira e pelo adicional de periculosidade, mas também por transporte digno na cidade de São Paulo.

Em São Paulo, o governo cobra uma das tarifas mais altas do País, jogando sobre a população um custo elevado para se deslocar pela cidade. O caos no trânsito da cidade é culpa de muitos anos de uma administração que pouco se preocupa com a vida da classe trabalhadora.

Estamos há mais de dois meses negociando com o governo. Por conta de uma postura intransigente do governador Geraldo Alckmin, hoje os metroviários estão em greve.

Ontem, após mais uma tentativa de negociação no TRT, o impasse se manteve por intransigência do governador em não aceitar a proposta de liberação das catracas. Mediante essa discussão no Tribunal,  o Sindicato levou a proposta de catraca livre para a assembleia, onde os metroviários a aprovaram por maioria. Estamos dispostos a trabalhar sem receber caso haja liberação das catracas.

A resposta do Governo Alckmin às nossas reivindicações foi a violência policial, repressão e criminalização dos movimentos sociais. Contamos com o apoio e solidariedade de todos os trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais à nossa luta. Pedimos que os trabalhadores e entidades sindicais se manifestem em favor de nossa luta.

Veja o vídeo:

Pm ataca trabalhadores do metrô em greve durante a madrugada