Paralisado por falhas, monotrilho coloca usuários e trabalhadores em risco

A Linha 15-Prata do monotrilho não funcionou no último final de semana e está sem previsão de retorno. O estouro de um pneu na quinta-feira (27/2) ocasionou a suspensão das operações de 23 composições. Os usuários e trabalhadores da L-15 são castigados com frequência com falhas e acidentes. Mas, desta vez, o problema foi muito grave. Incidentes como este colocam em risco a vida de funcionários e de usuários do sistema.

Inicialmente o Metrô havia informado que a linha não funcionou por conta da realização de testes, o que depois foi desmentido pela própria empresa ao informar do rompimento de pneu. A L-15 é uma das linhas mais novas e coleciona problemas. Em janeiro deste ano foi recordista em falhas e teve operação normal apenas 76,4% do tempo. Em 2019, o monotrilho teve 27 dias com operação parcial.

A gravidade das falhas e incidentes é grande. Em 2019 duas composições colidiram na região do Jardim Planalto. O caso só não resultou em tragédia por conta da atuação do Operador de Trem que acionou freio de emergência.

O principal problema da L-15, denunciado pelo Sindicato dos Metroviários, foi a escolha de monotrilho em vez de metrô. Contrariando especialistas, o Sindicato e a população, em 2009, o então governador Serra optou pelo monotrilho. O transporte correto seria o metrô, que transporta um número maior de pessoas, não polui, e é mais ágil e seguro. Quem está pagando por esse erro estratégico são os usuários e funcionários da L-15.

O Sindicato cobra explicações e transparência do governo e do Metrô sobre as condições dos equipamentos e defende o transporte público e estatal, mais contratações de funcionários por meio de concursos e instalação de cabines de operador de trem.