Presidenta do Sindicato dos Metroviários SP recebe ameaças de morte

Depois da greve que encurralou Tarcísio de Freitas, Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários SP, recebe ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet

A poderosa greve que colocou o tema da catraca livre na ordem do dia, e escancarou a mentira do governador Tarcísio de Freitas, gerou uma sequência de ataques da extrema direita ao Sindicato dos Metroviários e a alguns de seus dirigentes.

Do dia 24 de março para cá, a presidenta do Sindicato recebeu três ameaças de morte em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do Sindicato atuando na greve e perfis das redes sociais dos mesmos foram veiculados em grupos bolsonaristas, com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.

As ameaças de morte à presidenta da entidade revelam grave conteúdo misógino (ódio a mulheres) e racista, característico da extrema direita, do ódio político que tomou conta do país nos últimos anos e que matou Marielle Franco.

Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre.

As medidas jurídicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos.