Reunião ministerial revela um governo antidemocrático e contra o povo

A gravação da reunião ministerial de 22 de abril, tornada pública pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em investigação sobre interferência na PF, expõe falas de ministros e do presidente da República com ataques às instituições, ao regime democrático e ao patrimônio público do País.

Naquele momento, o Brasil registrava a morte de mais de 2 mil pessoas. Bolsonaro mostrou-se preocupado em cobrar do serviço de inteligência sobre amigos e familiares, atacou governadores e prefeitos e garantiu carta branca ao ministro da Economia Paulo Guedes.

Guedes manifestou a intenção da privatização do Banco do Brasil, segundo maior banco do País, se referindo com seguintes as palavras: “tem que vender essa p* logo”. O ministro defendeu ainda a contratação de jovens por R$ 200, concessão de ajuda apenas para grandes empresas, pois disse que “nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas” e manifestou o desprezo pelos servidores públicos, com proposta de congelamento dos salários por dois anos.

Entre palavrões, outros membros do governo federal promoveram diversas ameaças e ataques. Abraham Weintraub, ministro da Educação, chamou os ministros do STF de “vagabundos” e disse que deveriam ser presos. Já Ricardo Salles, do Meio Ambiente, defendeu que o governo deve “aproveitar a tranquilidade” — em meio à pandemia do coronavírus — para desregulamentar a legislação ambiental.

A decisão do ministro Celso de Mello para liberação integral do vídeo considera haver “manifestações incompatíveis com a seriedade das instituições e a respeitabilidade dos signos da República” e a “ausência” de decoro”. Diante disso, fica cada vez mais evidente a incapacidade do governo Bolsonaro na condução do País.

Sindicato assina pedido de impeachment

O Sindicato repudia as ações nocivas do governo federal e de desprezo ao povo brasileiro. Além de minimizar a gravidade da pandemia, age pelo desmonte do patrimônio público e privilegia cada vez mais seu núcleo familiar e aliados. Por isso assina o pedido popular de impeachment, com a participação de dezenas de sindicatos, movimentos populares e partidos políticos.