Ex-presidente do Metrô ganha PPP de trens de R$ 20 bilhões

A empresa onde o ex-presidente do Metrô (Sérgio Avelleda) foi trabalhar, após deixar a empresa há sete meses, teve uma proposta de PPP (Parceria Público-Privada) de R$ 20 bilhões aprovada pelo governo do Estado de São Paulo. O projeto da empresa Estação da Luz Participações (EDLP) prevê a construção de 432 km de linhas de trens de passageiros interligando 14 cidades à Capital e aos aeroportos de Campinas e Guarulhos.
 
Avelleda deixou o Metrô em abril de 2012. Em novembro do ano passado, foi afastado do posto pela Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), por causa de suspeitas de fraude na licitação de obras de expansão da Linha 5-Lilás. Para o MPE, a licitação teve o resultado combinado previamente pelas empresas participantes.
 
Embora os contratos tenham sido assinados antes de Avelleda assumir a presidência, o MPE justificou o pedido de afastamento pelo fato de Avelleda ter dado prosseguimento aos contratos. Quando saiu do Metrô, Avelleda afirmou que seria presidente da EDLP. Agora, ele exerce a função de “consultor” na empresa.
 
O vice-governador, Guilherme Afif Domingos, declarou aos grandes jornais que a PPP de Avelleda é a maior do Estado. A previsão é que os primeiros trens operem em 2016 e as linhas fiquem completamente prontas em 2019, quando transportariam em média 250 mil passageiros por dia.
 
São duas as novas linhas: Sorocaba a Pindamonhangaba e Americana a Santos. Elas se cruzariam na estação Água Branca, na capital paulista.
 
A proposta – aprovada pelo governo – foi apresentada pela EDLP e pelo banco BTG Pactual. A EDLP tem projetos na área de ferrovias em São Paulo e o BTG é um banco de investimento. A proposta passará agora por consulta pública e depois será licitada.