Imprensa noticia falta de peças, trens parados e sucateamento do metrô

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Em matérias publicadas em jornais de grande circulação na capital, a notícia da falta de peças, trens parados, não repasse das gratuidades ao Metrô entre outras demonstrações de descaso e sucateamento do transporte público em São Paulo.

Folha de São Paulo – Metrô de SP encosta cinco trens para servirem de ‘estoque’ de peças

RODRIGO RUSSO

Pelo menos cinco trens do Metrô de SP foram retirados de operação para servir de “estoque” de peças de reposição para outros trens da companhia do governo paulista.

A Folha teve acesso a uma série de fotos dessas composições paradas no pátio de manutenção e estacionamento de Itaquera, na zona leste da cidade, onde trabalhadores “canibalizam” esses trens em ritmo praticamente diário.

Itens essenciais, como vidros de janelas e portas, fechaduras, lâmpadas, faróis, bancos de passageiros e painéis de console já foram retirados e recolocados nos trens em operação na capital. A companhia tem 155 trens, que operam em quatro linhas, em situação de superlotação nos horários de pico –são 4,7 milhões de passageiros todos os dias.

Na visão dos metroviários, esse sistema de manutenção que deixa os vagões “depenados” ocorre porque, com o congelamento da verba repassada pelo governo do Estado ao Metrô, a empresa tem economizado na aquisição de novas peças de reposição.

Veja a matéria completa com fotos aqui.

 

Rede Brasil Atual – Sem estoque de peças, Metrô ‘canibaliza’ trens para fazer manutenção

por Rodrigo Gomes, da RBAtrem_canibalizado_1

 

 

 

Sindicalistas afirmam que reaproveitamento de peças pode pôr em risco a segurança da população. Cinco composições viraram almoxarifado e outras seis estão paradas por falta de peças

 

São Paulo – A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), administrada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), está utilizando peças de cinco trens parados no pátio de manutenção de Itaquera, zona leste da capital, para realizar consertos em outras composições que necessitam de revisão, segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Para a entidade, essa situação pode pôr em risco a segurança de passageiros e dos trabalhadores. “Determinadas peças que são reutilizadas já estão deterioradas ou desgastadas. Não passam por uma análise minuciosa”, disse o secretário-geral do sindicato, Alex Fernandes.

Os trens que servem de almoxarifado – ou que são “canibalizados”, como dizem os metroviários – são as composições H59, K09, K17, K21 e L43. São modelos mais novos, que entraram em operação em 2010 (frota H) e 2011 (os demais), e a frota K é formada por 25 trens da frota C que foram modernizados – em um pacote de 98 composições modernizadas ao custo de R$ 1,7 bilhão. Além desses, outros seis estão parados por falta de peças para que seja feita sua manutenção.

São 11 trens parados no total, sendo cinco em Itaquera e seis no Jabaquara. E esses acabam sendo ‘canibalizados’, pois como não há determinadas peças, aproveitam e tiram as peças deles para garantir a operação de outros trens”, relatou Fernandes.

Nos cinco trens que estão sendo “canibalizados” falta tudo, de acordo com o sindicato: painel de operação, freios, bancos, luminárias, fechaduras de portas. Os equipamentos parecem ter sofrido atos de vandalismo, pois, além do desmonte, carcaças, placas de isolamento e fiação ficam expostas no interior dos vagões. Além disso, eles estão em uma área descoberta e ficam expostos às intempéries.

Segundo os trabalhadores, o Metrô está com falta de aproximadamente 3 mil itens no setor de manutenção, dentre os quais, vidros de janelas, portas, fechaduras, lâmpadas, faróis, motores de tração, bancos de passageiros e de operadores, redutores, contrassapatas e até extintores de incêndio. “Essa situação já se arrasta há dois anos”, disse Fernandes.

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Folha de São Paulo – Governo Alckmin reduz repasse e dá calote de R$ 66 milhões no Metrô

RODRIGO RUSSO
DE SÃO PAULO

 

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote no Metrô ao deixar de repassar à empresa, no ano passado, um total de R$ 66 milhões referentes aos custos das gratuidades no transporte público.

O governo do Estado trabalhava inicialmente com um orçamento total de R$ 330 milhões para esses gastos. O montante desembolsado ao final do ano, porém, foi de R$ 264 milhões -20% inferior ao previsto.

Esse valor também é 9% menor que os custos efetivos das gratuidades em 2014, quando a gestão tucana repassou ao Metrô R$ 289 milhões para essa finalidade.

Os repasses do Estado para bancar as gratuidades eram crescentes em anos anteriores -até devido à alta de passageiros que não pagam ou têm desconto na tarifa.

 

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