Integração com trem e metrô sobe de R$ 3,65 para R$ 4

A partir desta segunda-feira, 4, a tarifa de ônibus subirá 17,4%, passando de R$ 2,30 para R$ 2,70, conforme anunciou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). De acordo com a tabela da ANTP, atualizada em outubro, São Paulo passa a ter, então, uma das tarifas mais caras do País. Em outras capitais, o valor não supera R$ 2,50.

Embora a inflação acumulada no período deva ficar em torno de 15,5%, segundo o IPCA, o prefeito Kassab disse que o aumento está embasado em estudo, que é compatível com a inflação e que espera a compreensão da população.

As tarifas do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) também devem ser reajustadas em 2010, de acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Porém, o governo estadual ainda não confirmou a data do reajuste ou o valor das novas tarifas.

Com a elevação da tarifa do ônibus, o valor da integração entre ônibus e metrô aumentará de R$ 3,65 para R$ 4.

Transporte coletivo x individual
Para o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Marcos Bicalho, esta medida afasta a população do transporte público e coletivo. "Passa a ser mais vantajoso comprar um carro ou uma moto."

Quem faz duas viagens de ônibus por dia gasta R$ 92 por mês. Em janeiro, serão R$ 108 – pouco menos do que a prestação de uma moto. Bicalho critica o valor. "Não conhecemos as variáveis, mas é possível dizer que R$ 2,70 é um valor alto para a população brasileira", disse.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo repudia o incentivo ao uso do transporte individual e registra suas críticas quanto à qualidade do transporte coletivo por ônibus. Diariamente os cidadãos são penalizados pela escassez e superlotação dos ônibus, e pelos gigantescos congestionamentos. Por isso, além de se tornar uma das tarifas mais caras do país, da forma como está, ela não consegue ser justificável.

Para atender as necessidades da população, é preciso ter mais ônibus nas ruas e a efetiva integração com outras modalidades de transporte coletivo, como a ferrovia e o metrô, além de tarifas subsidiadas, acessíveis aos cidadãos.

Com informações do G1.