Teses INDIVIDUAIS

  • Conjuntura

Conjuntura internacional – Declínio relativo de hegemonia do imperialismo estadunidense e ascensão chinesa

O principal aspecto conjuntural a ser observado no âmbito internacional é a perda relativa de hegemonia do bloco comandado pelos Estados Unidos, composto centralmente por países subalternos da Europa ocidental, além de outros como Japão, Austrália e Canadá.

Contudo, é necessário insistirmos tanto que este declínio é relativo, quanto que esta é uma tendência possivelmente reversível. A super-potência do norte da América segue sendo a maior economia global, liderando a maior parte das fronteiras do desenvolvimento tecnológico, o maior polo de fabricação e disseminação de ideologias e narrativas (tanto através de suas instituições de Estado, quanto por meio de sua gigantesca indústria cultural) e, não menos importante, segue isolado como a maior potência militar, dispondo de mais de uma centena de bases militares espalhadas por todos os continentes e subcontinentes do mundo e, simultaneamente, operando de maneira indireta e/ou direta na maioria dos conflitos armados.

De qualquer maneira, a atual conformação de poder global é qualitativamente diferente do período posterior à derrota e dissolução do bloco socialista soviético em 1991. Desastre este que colocou, temporariamente, o imperialismo estadunidense como polo único e praticamente inquestionável de todo globo. Alguns dos fatores que, especialmente a partir da primeira década do século XXI, contribuíram para esta mudança – de hegemonia absoluta para declínio relativo de hegemonia – são: a) a ascensão econômica, política, tecnológica, cultural e militar da construção socialista chinesa; b) a reorganização do projeto soberano nacional russo e de outros países periféricos; c) a grande crise econômica de 2008 e seus incessantes e recorrentes repiques e impactos. Um último fator, que é tanto causa como consequência da tendência de relativa perda de hegemonia, é a intensificação das instabilidades políticas e sociais dentro das fronteiras do próprio Estados Unidos. Fator que é bem exemplificado tanto pela ascensão do trumpismo, quanto pelos massivos protestos antirracistas.

Dessa maneira, atualmente o imperialismo estadunidense e seus aliados europeus têm tanto acumulado derrotas quanto vitórias no palco internacional. Por um lado, seus interesses foram exitosos na propagação de destruição e caos em países árabes soberanos como Líbia, Egito, Iraque; na derrota de governos mais ou menos independentes em países diversos da América Latina (entre eles o nosso Brasil) e no leste europeu (em especial na Ucrânia, após o levante com traços neofascistas de 2013-2014), e na fragmentação da importante articulação periférica dos BRICS. Por outro lado, fracassou ou não teve total êxito na derrubada da soberania síria, iraniana, cubana, venezuelana, bielorrussa, nicaraguense, no levante reacionário na ilha chinesa de Hong Kong e, mais recentemente, em manter um governo fantoche no Afeganistão. Governo que fora rapidamente derrotado após a retirada das tropas após duas décadas de invasão militar – período marcado por incontáveis crimes hediondos cometidos pelas forças estadunidenses e seus aliados contra o povo afegão.

Consequência direta deste relativo declínio tem sido o “apertar a coleira” nos países do subcontinente latino-americano. Ao perder espaço, em especial na Ásia, os Estados Unidos têm reforçado sua política de controle e submissão de países latinos – região pelo império considerada como uma área de influência natural – a fim de garantir uma espécie de reserva estratégica para seus interesses geopolíticos. Para tal, têm incentivado direta e indiretamente (através das elites locais que, via de regra, se identificam ideologicamente mais com o império do que com suas próprias pátrias e povos) movimentos conservadores e reacionários visando derrotar ou impedir a ascensão de governos que ousem buscar independência e soberania. Na nova realidade global de perda relativa de hegemonia, não é mais tolerável para o poder imperial estadunidense a existência de governos insubmissos na parte sul do continente americano.

Impõe-se como tarefa central para os trabalhadores e para o povo brasileiro, tarefa na qual nós metroviários podemos e devemos contribuir, a derrota do entreguista bloco conservador e reacionário (atualmente liderado pelo bolsonarismo, movimento com evidentes traços neofascistas) a fim de retomar a soberania de nossa pátria e construirmos um projeto popular de desenvolvimento nacional. Projeto que, no plano internacional, deva incluir uma política diplomática que retome o foco nas alianças da América Latina, África e Ásia, visando a construção de uma frente ampla de países periféricos para combater o imperialismo estadunidense e europeu e defender a paz, a soberania e o desenvolvimento.

Obrigado!

Assina esta tese: Hugo

 

  • Conjuntura

30 anos de PSDB e a destruição do Metrô público

Com a proximidade das eleições, somos obrigados a relembrar de uma série de eventos passados que trouxeram perdas enormes aos metroviários como categoria e ao Metrô enquanto empresa pública.

Desde 1994 o processo é inequívoco: Covas iniciou com o corte do subsídio. A Operação, a contratação externa de serviços de Manutenção e a limitação da área de engenharia ao projeto básico (o projeto executivo ficou para as empreiteiras) e também a propalada “eficiência da iniciativa privada” começou a ser entoada como mantra.

Com Alckmin, chegou um modelo inédito para a contratação da construção da Linha 4. Isso levou a um também inédito acidente fatal com 7 mortes na estação Pinheiros. A seguir, Serra teve novidades: modal monotrilho e o Bilhete Único, com o início da venda de bilhetes por terceiros dentro das estações. Também foi desta época a primeira leva de ‘ad nutum’ e a adoção do ‘Plano de Contingência’, uma ação para furar a greve de 2007 e quebrar o Sindicato. Por fim, Serra preparou a inauguração da L4 por uma empresa privada, iniciando a drenagem da receita tarifária.

Na volta de Alckmin em 2010, foi surpresa a incorporação dos ad nutum de Serra, sendo que eles aqui permaneceram enquanto a idade permitiu. Daquele mandato seria injusto não citar o acidente com o trem da frota K, que só não foi um imenso desastre devido à atuação do OTM. Já o projeto de reforma dos trens envolveu somas astronômicas que eram comparáveis à aquisição de trens novos, sendo que a má qualidade desta reforma participou diretamente das causas daquele acidente.

Porém Alckmin é mais lembrado pela falta de tato como a que tratou as manifestações de 2013 e da derrota que sofreu por 20 centavos. A derrota de Alckmin representou a derrota dos empresários de transporte urbano em São Paulo. Infelizmente, nessa hora o prefeito da capital, Fernando Haddad, esteve junto a Alckmin desde o início até o momento de anunciar ao público a redução da tarifa. Na eleição presidencial de 2018, Alckmin teve chance de retribuir essa solidariedade, mas preferiu declarar que escolher entre Haddad e Bolsonaro era muito difícil.

Mostrando que aprendeu a lição de 2013, no ano seguinte, Alckmin aumentou a truculência e passou o rolo compressor na greve de 2014. Com o Sindicato na defensiva, ampliou as terceirizações nas bilheterias, Manutenção e inspeção de vias e concedeu para CCR a operação das Linhas 5 e 17, para quem já havia concedido a L4.

A gestão Doria iniciou com uma enxurrada de ad nutum que, a um só tempo, reduziu as possibilidades de ascensão, desprestigiou as chefias imediatas (com exonerações e demissões) e mostrou que chefias podem ser terceirizadas e já vêm com a missão de entregar tudo.

Que conclusão podemos obter do breve histórico dos últimos 27 anos da Cia.? Para os governos do PSDB, dinheiro pago como salário de metroviário é dinheiro mal gasto, dinheiro ruim; dinheiro bom é aquele que paga os contratos de terceirização ou remunera as concessões.

Assina esta tese: Paulo Pasin

 

  • Transportes

Significância de conteúdos e inclusão nas provas para OTM II no processo de movimentação na carreira da Cia. do Metropolitano de São Paulo

Esta tese objetiva fazer um recorte dentro do processo de movimentação de carreira, salientando que os concursos foram uma grande conquista da categoria pois através deles buscamos isonomia por promoções na carreira.

Apesar dos processos demonstrarem eficiência ao longo dos anos, foram ocorrendo distorções que devem ser corrigidas. A primeira delas é o prazo dos processos de movimentação interna, que até meados de 2012 eram de um ano prorrogáveis por mais um ano, e que agora são de apenas 6 meses prorrogáveis por mais 6 meses. O novo prazo traz prejuízos aos candidatos e à própria Cia.

Apenas os candidatos que conseguiram notas muito elevadas têm chances de chamada para treinamento, enquanto os candidatos que conseguiram notas satisfatórias não têm a chance de serem chamados pois a empresa não tem recursos físicos e humanos para treinar uma elevada quantidade de candidatos em um espaço reduzido de tempo. O Metrô tem prejuízo, pois quando precisa de reposição de quadro não tem pessoas aptas a serem chamadas pois o processo já teve seu prazo esgotado.

Após entrevistas com colegas metroviários, constatei que a insatisfação é geral: todos têm algo a protestar. As principais queixas são de má elaboração das questões, com enunciados ambíguos e, pasmem, até erros de ortografia. Com relação ao conteúdo, a principal reclamação é com a falta de relevância de conhecimentos metroviários na composição da prova. É quase inédita no Brasil uma prova onde temos mais questões gerais do que específicas, ou seja, quase a totalidade do conteúdo da prova não é aproveitada nos treinamentos.

Para conhecimento de todos, hoje a prova é composta por 50 questões sendo 10 de raciocínio lógico, apenas questões 10 sobre conhecimentos metroviários e por 30 questões de física.
Vamos às propostas desta tese:
1ª – Os processos de movimentação na carreira devem ter a duração de um ano prorrogáveis por um ano.
2ª – As provas para OTM II devem ser constituídas por 10 questões de raciocínio lógico, 30 questões de conhecimentos metroviários, 10 questões sobre procedimentos operacionais – tendo as questões de conhecimentos metroviários e procedimentos operacionais peso dois por serem específicas – e 10 questões de elétrica, totalizando 60 questões.
3ª – Seja formada comissão de delegados sindicais e empregados das linhas para dialogar entre a categoria e a Gerência de Recursos Humanos e Gerência de Operações, que solicitam e promovem os processos de movimentação na carreira.

Assina esta tese:
Carlos A. de Freitas Jr./
Grupo de estudos
Elaine Damásio*

 

Comunicação

Por uma Imprensa livre e moderna no Sindicato dos Metroviários

A Secretaria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários tem enorme potencial de atingir mais pessoas do público direto (metroviários) e indireto (prestadores de serviços terceirizados e público geral). Entretanto, desperdiça esta oportunidade.

O Metrô aprendeu e agora se comunica de maneira ágil e veloz com os metroviários. WhatsApp, SharePoint e Linha de Frente são exemplos da absorção dessa necessidade de falar para muitos e em pouco tempo.

Ele também tem o aparato da imprensa tradicional ao seu favor, porém esse ponto não é desculpa para continuarmos estáticos.

Nosso tempo de resposta aos fatos é muito vagaroso, perdemos o “timing” diversas vezes.

Em muitas reuniões da diretoria um tempo precioso se esvai, com discussões infrutíferas. Em momentos cruciais nossos jornalistas não conseguem fazer uma assessoria de imprensa adequada, por causa desses atrasos.

A direção desta pasta, que em tese é tripartite, proporcional, na prática é unilateral.

Abaixo mencionarei alguns erros que cometemos e como podemos corrigi-los. Se persistirem, podem custar a nossa capacidade organizativa e nos tornar obsoletos!

1. Na greve que ocorreu neste ano, no SPTV 2, numa entrada ao vivo na estação Tatuapé, a repórter erroneamente (ou não) informou que o TRT fez uma proposta de negociação para não haver a greve. E que ela foi recusada pelos Metroviários, sendo que esta recusa foi do Metrô.

Não houve pronunciamento da nossa entidade, reivindicando uma errata, sequer esclarecendo a verdade para a população.

Não obstante não sermos detentores dos meios tradicionais da imprensa, entretanto, nosso alcance através das redes sociais não pode ser subestimado.

Neste caso, ficou dito pelo não dito, como se fossemos nós os intransigentes!

2. Dar o mínimo de autonomia para os jornalistas criarem materiais básicos, sem passar pela custosa e burocrática censura prévia dos diretores da pasta.

Na última Campanha Salarial eles fizeram uma imagem em apoio à nossa luta, para dispararmos nas redes. Houve uma reação desproporcional de setores da diretoria a esta imagem, que em nada desabona a nossa luta. Pelo contrário! Lamentavelmente, foi preciso explicar detalhadamente o objetivo dela.
Esse tipo de postura é inadmissível em nosso Sindicato!
Tolhe a criatividade, a liberdade de expressão, pensamento e proatividade destes trabalhadores.
É preciso conversar com eles: para traçar planos de trabalho, fluxos, o que eles têm autonomia para fazer e o que precisa encaminhar para aprovação prévia. Fazer escuta ativa, laboratório de ideias.

Também criar grupos de trabalho com metroviários ativistas dispostos a contribuírem com seus conhecimentos, em prol da luta (exemplo: diagramação, edição de vídeos etc.)
Essa forma de mobilização aproxima os trabalhadores da entidade e é muito útil, principalmente na Campanha Salarial, quando o fluxo de informações é intenso e sobrecarregado.

Delegar atribuições e ampliar o quadro de jornalistas, diagramadores e editores, seja por assessoria externa ou pela contratação de mais funcionários.
3. Investir mais em materiais audiovisuais.

O mundo mudou e tudo é em tempo real. A despeito da minha discordância com a economia de caracteres típica deste século, é assim que as coisas estão. Se pararmos no meio dessa via, o código A será inevitável.

Nossos materiais podem ser mais atraentes, há um vício em manter apenas Bilhete/Plataforma como materiais oficiais e definitivos, impressos ou em PDF.

Podemos fazer versões desses materiais em vídeo. Também podemos fazer vídeos direcionados à população, além de nos aproximar dos outros trabalhadores, desmistifica a imagem de “privilegiados” que algumas pessoas ainda têm dos metroviários.

Isso passa pela criação da escuta ativa, do grupo de trabalho e do laboratório de ideias.

4. Manter o site e redes sociais sempre atualizados.

Essa atribuição é tão importante quanto as outras. Manter as lives do YouTube, mesmo quando a pandemia acabar. Essa forma de comunicação com o público pode e deve permanecer.

5. Investir em equipamentos de qualidade.

Não há como tocar projetos inovadores, se os equipamentos do Sindicato estiverem desatualizados.

Não se trata de gastar desordenadamente, é preciso investir em equipamentos de qualidade, para que em médio e longo prazo eles continuem atendendo às necessidades dos trabalhadores e da entidade.

Neste sentido é preciso utilizar o orçamento de maneira racional, não de maneira simplória pois nos igualaria à diretoria do Metrô, que enxuga custos em detrimento da qualidade do serviço oferecido.

Tudo isto exposto, é importante que esses temas sejam deliberados com deferência neste 13º Congresso Metroviário. A Imprensa do Sindicato dos Metroviários é fundamental na estratégia e na tática da luta metroviária.

Assina: Daniela Lima

 

  • Arte e Cultura

Arte e cultura transformam a luta sindical

Metroviários são entusiastas de manifestações culturais. Temos centenas de artistas nas diversas áreas da empresa.

Os metroviários participam ativamente, como artistas e espectadores dos eventos sediados no Sindicato. Haja visto os que ocorreram antes da pandemia: Festival Metroviário de Videokê, Rock Nos Trilhos, Sarau Metroviário, as festas de aniversário da entidade etc. Passando pelos grafites nas paredes da sede, na artes manuais expostas em feiras temáticas e nas manifestações musicais e literárias.

O Metrô é um celeiro de talentos e o Sindicato dos Metroviários pode e deve ser a referência para abrigar a arte metroviária, quiçá a operária. Somos referência de luta para as outras categorias, podemos assumir a dianteira ao fomentar essa iniciativa.

Com a pandemia ficou evidente que há uma demanda reprimida, ávida por eventos culturais em todos os segmentos. No Sindicato não é diferente, mesmo com todas as restrições impostas pelo contexto pandêmico os eventos culturais presenciais tiveram bastante público.

Proposições:
É preciso investir em equipamentos de primeira linha para o estúdio Toca nos Trilhos, com entrada franca aos sindicalizados e com preços populares para sindicalizados de outras categorias e público geral. Ao mesmo tempo que é uma opção de fácil acesso para as pessoas ensaiarem, é um modo de incrementar a arrecadação da entidade, não dependendo exclusivamente das mensalidades.

É um chamariz. Traz para conhecer nossa sede e nossa luta a população em geral, em concordância com as outras teses que defendem a importância de nos conectarmos aos movimentos sociais e à população em geral. “Furar a bolha metroviária.”

Para que os eventos políticos tenham mais audiência é possível inserir uma programação cultural no ato político e isso funciona, como foi experimentado no ato em defesa da sede e no Encontro de Mulheres Metroviárias.

É preciso que haja cooperação entre as secretarias, por exemplo, eventos da semana da Consciência Negra podem ser organizados em conjunto, pela secretaria de assuntos raciais, com a Secretaria de Esporte, Lazer e Cultura e a Secretaria de Imprensa, que impulsiona a divulgação.

Investindo em equipamentos de som e luz, adequados para suportar no mesmo lugar vozes e instrumentos, esse investimento pode ser capitalizado em festas, arrecadando receita extra para a entidade.

Abrir a sede para receber eventos culturais de entidades parceiras e público em geral. Uma forma de aproximar as pessoas da luta sindical, também será um meio de arrecadação.

Colocadas essas proposições, urge ampliar o espaço cultural no Sindicato. Pois isso aproxima as pessoas da entidade, mesmo aqueles que não são afeitos aos eventos políticos, eles estarão lá.

Ocupar a sede de todas as maneiras, para que as pessoas percebam a importância do lugar além da política, como ponto de encontro em defesa da democracia e da livre manifestação cultural.

Quem ainda acredita que a arte é mero acessório e não precisa ter a mesma prioridade que os encaminhamentos políticos numa entidade sindical, acaba reduzindo a importância da cultura na existência humana e se equipara aos políticos que fazem pouco deste tema.

A arte transforma!

Assina: Daniela Lima

 

  • Estatuto do Sindicato

Obrigatoriedade de Curso de Formação Sindical

Fica instituída a obrigatoriedade de pelo menos um curso de formação sindical aberto a todo o quadro de filiados do Sindicato.

O curso deverá obrigatoriamente ocorrer no prazo máximo de 24 meses após a posse da nova diretoria de cada mandato.

O intuito do curso, além de formar novos quadros de diretores na categoria, é resgatar a história do movimento sindical na categoria e no mundo. E para criar a consciência da importância do papel dos trabalhadores e trabalhadoras na luta por diretos.

Assina: Flávio Rogério Gomes dos Santos