Todo apoio aos trabalhadores do Hospital Universitário da USP!

O Sindicato dos Metroviários de SP manifesta toda a sua solidariedade e apoio aos trabalhadores do Hospital Universitário da USP que, nesta quarta-feira (6), manifestarão mais uma vez suas justas reivindicações por melhores condições de trabalho e segurança para funcionários e pacientes.

Os números oficiais no Brasil ultrapassam os 100 mil casos e mais de 7 mil mortes, e a subnotificação é tal que, segundo estudos, os números reais são várias vezes maiores. Num país que poucos testes faz, é um crescimento vertiginoso de casos e mortes que já levou a que o sistema de saúde entrasse em colapso em vários estados e municípios. Assim como temos visto a terrível condição a que são colocados os trabalhadores da saúde em ter que escolher que paciente poderá ou não ter acesso a um respirador, ou a situação catastrófica de Manaus que também atinge o sistema funerário, causando mais dor e sofrimento aos familiares.

Essa crise sanitária foi construída ao longo de anos de um sistemático corte de verbas na saúde pública, diminuição de leitos e desvalorização dos profissionais da saúde por todo o país. Como resposta, temos visto a mobilização dos trabalhadores da saúde em vários estados e por isso achamos tão importante prestar toda a nossa solidariedade aos trabalhadores do Hospital Universitário da USP, que estão diariamente expostos a um risco de contaminação completamente desnecessário, sem EPIs adequados e em quantidade insuficiente, sem liberação do grupo de risco, sem um número de funcionários suficiente e sem acesso a testes massivos mesmo sendo trabalhadores da saúde, salvando as vidas com as quais Bolsonaro e Doria não se importam.

Os trabalhadores do Metrô também sentem na pele o descaso do governo e o peso de ter que trabalhar expostos à contaminação e sem condições seguras. Chegou-se ao ponto de que o TST derrubou uma decisão que obrigava o Metrô a fornecer EPIs e afastar trabalhadores do grupo de risco, argumentando que isso “teria impacto significativo nos cofres públicos”, ou seja, de que nossas vidas não valem esse dinheiro.

Por isso, apoiamos a luta das trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Universitário da USP e suas reivindicações por EPIs adequados e condições seguras de trabalho; afastamento remunerado de todos os trabalhadores do grupo de risco, assim como gestantes e lactantes; por testes massivos; e contratação emergencial imediata!