Tragédia anunciada na linha 5! #PrivatizaQuePiora

Manifestamos toda solidariedade aos familiares de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, vítima fatal do trágico acidente ocorrido na estação Campo Limpo da Linha 5 – Lilás. Estendemos a solidariedade aos trabalhadores metroviários que atuaram nesta triste ocorrência e também aos usuários que presenciaram a tragédia.

Exigimos investigação rigorosa e independente sobre o ocorrido. Trata-se de caso grave e que, se não for devidamente apurado, corre-se o risco de novos acontecimentos semelhantes.

A Linha 5 não foi construída originalmente com portas de plataforma. A instalação dessas portas é um elemento de segurança importante para a população usuária. Porém, se for um trabalho focado em custo reduzido, isso pode ter impacto negativo sobre a segurança da população. A sociedade deve cobrar a ViaMobilidade sobre o funcionamento dos sensores das portas de plataforma da Linha 5. Esses sensores podem impedir o fechamento das portas com presença de pessoas e, por consequência, impedir o deslocamento de trens, evitando situações trágicas como a de hoje.

A Linha 5 foi privatizada em 2018 e, de lá para cá, lógica do lucro imperou na sua operação. Com isso, cresceram as falhas e diminuiu a segurança dos passageiros. Logo após o acidente e antes de qualquer perícia, houve lavagem do local. Muitos passageiros comentaram sobre a insensibilidade da ocorrência ter sido tratada como algo corriqueiro e cotidiano.

Repudiamos a nota da ViaMobilidade que responsabiliza a vítima pela sua própria morte, alegando que o passageiro ignorou os avisos sonoros de fechamento das portas. A responsabilidade é da ViaMobilidade que, sob a lógica do lucro e da redução de custos, não investe na segurança do sistema. A responsabilidade é também do governo Tarcísio, que aprofunda a política de privatização.